As duas finalistas ostentam longas séries sem derrotas de virada. Além disto, o Mundial sul-africano tem se notabilizado pelo baixo índice de inversões de placar. Ou seja, quem marcar o primeiro gol no Soccer City tem tudo para conquistar o título inédito.
A seleção espanhola não perde um jogo em que saiu na frente desde setembro de 2006, quando foi batida por 3 a 2 pela Irlanda do Norte, em Belfast, na segunda rodada das eliminatórias da Eurocopa.
Desde então, foram 57 partidas. Em só quatro delas a Espanha saiu de campo derrotada, mas nenhuma por virada.
A facilidade da "Fúria" em segurar resultados encontra respaldo em seu estilo de jogo. A equipe de Xavi e Iniesta costuma dominar a posse de bola e trocar passes curtos, dando poucas chances para seus adversários correrem atrás do placar.
Foi o que aconteceu contra a Alemanha, na semifinal. A seleção tricampeã mundial sofreu um gol e não pressionou a defesa espanhola atrás do empate porque falhava em tirar a bola dos pés dos adversários. Os minutos finais do jogo pareceram uma brincadeira de "bobinho".
A série holandesa é menor, mas impressiona por outros motivos. O 2 a 1 contra a Austrália, em amistoso jogado em 2008, não foi apenas a última virada sofrida pela Holanda, mas também a última derrota da equipe laranja.
A invencibilidade de 25 partidas já é a maior da história da seleção, que venceu os dez jogos que fez neste ano.
COPA SEM VIRADAS
Uma das características do primeiro Mundial disputado em solo africano é a pouca incidência de viradas. Em apenas três oportunidades o time que saiu atrás no marcador conseguiu a vitória no tempo normal ou, no máximo, na prorrogação.
Duas viradas aconteceram na primeira fase: os triunfos da Grécia sobre a Nigéria, e da Dinamarca diante de Camarões.
O Brasil sofreu a única virada dos mata-matas. A seleção fez o primeiro gol contra a Holanda, mas foi vazada duas vezes e acabou eliminada da Copa nas quartas de final.
folha.com
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