Mais do que prestigiar a homologação da candidatura à reeleição do governador Jaques Wagner, a presença da ex-ministra Dilma Rousseff neste domingo, 16, em Salvador é, também, uma tática para reforçar a liderança eleitoral da candidata do PT à presidência no Estado. Tanto que o favoritismo do PT na Bahia levou o candidato do PSDB à Presidência, o ex-governador de São Paulo José Serra, a escolher a Capital baiana para sediar a convenção nacional que vai oficializar a sua candidatura.
Assim como Serra foca o Nordeste, região em que a candidata do presidente Lula tem melhor desempenho, Dilma também tem marcado presença em território onde o tucano está à frente ou é uma ameaça concreta. Foi a São Paulo prestigiar o lançamento da candidatura de Aloísio Mercadante ao governo do Estado; ao Rio de Janeiro, onde está tecnicamente empatada com Serra, no ato que indicou Lindberg Faria (PT) ao Senado na chapa do governador Sérgio Cabral (PMDB), e deve ir a a Minas Gerais prestigiar a candidatura de Fernando Pimentel (PT) ao governo.
O clima de animação e otimismo dos petistas que estiveram este sábado, 15, na abertura do Congresso Estadual do PT, no Centro de Convenções do Hotel Fiesta, era grande. “Eles estão tão preocupados com a gente que transferiram a convenção (só acontecia em São Paulo, Minas e Brasília) para a Bahia”, comentou animado o prefeito de Camaçari, Luiz Carlos Caetano, um dos coordenadores da campanha de Jaques Wagner.
Regra quebrada - A festa que vai aclamar Wagner candidato à reeleição só não será completa porque o PT ainda não conseguiu superar as divergências internas com relação ao nome que vai disputar uma das vagas ao Senado na chapa do governador petista.
A decisão do Diretório Estadual, tomada na noite de sexta-feira, 14, derrotando a teses das prévias, adiou a definição do nome, que deverá ser tirada em consenso dentro de 15 dias. Disputam o deputado federal Walter Pinheiro – que teria a preferência inclusive do governador – e o ex-ministro Waldir Pires, que no sábado não escondeu a sua discordância com a decisão.
“O caminho democrático não pode ser interrompido. Os princípios têm que ser respeitados e a decisão do PT desrespeita uma regra preservadora da liberdade dos membros do PT, para fazer a escolha livre”, desabafou o ex-ministro.
A TARDE
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