Início fraco de outros campeões mundiais só fez aumentar expectativa
A expectativa é enorme para a estreia do Brasil na Copa do África. Todos os 60 mil ingressos do estádio Ellis Park foram vendidos. O jogo contra a Coreia do Norte será às 15h30 (horário de Brasília). Os cambistas estão fazendo a festa. O Brasil é segunda seleção dos africanos.
A decepção começou com o confronto de pontapés e fraco futebol de franceses e uruguaios. Dois times que não justificaram os títulos mundiais conquistados no passado. E a torcida daqui não perdoa. A chata vuvuzela serve como objeto de tortura. Quando a partida é 0 a 0, todas são assopradas com raiva, irritação.
Depois, a comentada Inglaterra de Capello parou nos Estados Unidos. Nesta segunda-feira (14), a Itália sofreu para empatar com o Paraguai. A Argentina ganhou, mas deu muito espaço e quase empatou com a Nigéria. Quem passeou em campo foi a Alemanha. Goleou os australianos por 4 a 0 e justificou a fama de uma das favoritas à Copa.
Enquanto isso, o Brasil é cultuado pelos africanos. Nas ruas há muitas camisas verdes e amarelas que não são da África do Sul. São brasileiras mesmo. O apoio surpreendeu o atacante Luis Fabiano.
- É incrível o carinho com a nossa seleção. Parece que os africanos estão esperando entrarmos em campo como os torcedores que estão no Brasil.
Sem Ronaldo, Ronaldinho, Roberto Carlos, Adriano, a imprensa mundial já percebeu que o Brasil não tem estrelas a não ser Kaká. E ele é o jogador mais mostrado pelas televisões, comentado nas infindáveis mesas redondas na televisão africana. Todos ignoram o problema de pubalgia. E mostram lances quando ele estava no auge, na Copa das Confederações, disputada aqui mesmo, na África.
Kaká é a estrela maior do lançamento da televisão em 3D. Há uma foto imensa do jogador no Nelson Mandela Square, área de maior agito de Johannesburgo. E todos esperam uma grande Copa do jogador do Real Madrid. Robinho também tem muita moral com os jornalistas do mundo todo. Esperam que ele seja o jogador dos dribles, do improviso, do talento. E, muito mal informados, esperam que Dunga coloque em campo uma equipe aberta, buscando incessantemente a goleada. Não é bem o caso.
Os jogadores da Inter de Milão, campeões da Liga dos Campeões, são vistos com todo respeito. Julio César, o melhor goleiro do mundo. Maicon, lateral desejado pelo Real Madrid, e o capitão da seleção, Lúcio, são tratados quase como divindades. Mas tratam de acalmar quem espera show do Brasil em campo, como diz o zagueiro Lúcio.
- A nossa responsabilidade é muito grande. Sabemos o quanto todos esperam do Brasil. Vai ser sempre assim. Quem vestir essa camisa amarela em uma Copa precisa estar preparado. Respeitamos essa expectativa. Mas o que interessa são os nossos planos. Queremos vencer a Coreia do Norte. Os três pontos. Não estamos na Copa para fazer festa ou com essa obrigação de golear. Se as pessoas esperam isso, não é problema nosso.
Programas especiais sobre o Brasil convencem os torcedores que deverão ver um grande espetáculo nesta terça no Ellis Park.
O planeta verá nesta terça-feira (15) a estreia do último campeão mundial a entrar no gramado. Os samba boys não podem decepcionar. Pesquisas recentes apontam: a seleção brasileria é disparada o segundo time no coração dos sul-africanos. Eles torcerão para o time de Dunga. Bem-vindos. Preparem-se para muita emoção...
r7.com
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