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quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Quadrilha que causou prejuízo de R$ 20 milhões agia há cinco anos

Sete empresários e um contador foram presos na Bahia, Sergipe, Rio de Janeiro, Pará e Minas Gerais


Presos em Salvador ficarão custodiados no Complexo Policial dos Barris (Foto: Mauro Akin Nassor/Correio)

A quadrilha alvo da “Operação Minotauro”, deflagrada na madrugada desta quinta-feira (21), estava sendo investigada pela Secretaria da Fazenda do Estado da Bahia (Sefaz) há cerca de dois anos e acredita-se que possa praticar sonegação fiscal há pelo menos cinco anos, segundo o Ministério Público estadual. 

Sete empresários e um contador foram presos nos estados da Bahia, Sergipe, Rio de Janeiro, Pará e Minas Gerais em cumprimento a mandados da operação, cujo objetivo é investigar empresas que atuam no comércio atacadista de carnes e derivados de produtos alimentícios. Os prejuízos causados pelo grupo estão avaliados em um montante de R$ 20 milhões em Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). 

Cinco mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Sergipe e no Rio de Janeiro, onde foram apreendidos computadores, documentos como contratos e escrituras, cheques assinados, além de telefones celulares e outros equipamentos eletrônicos. 

O empresário do ramo alimentício Edson Fonseca Júnior e o contador Daniel Pinheiro de Queirós Filho foram presos em Salvador. Dono do armazém Top Alto, localizado nas Granjas Rurais, próximo à Mata Escura, foi preso a bordo de um veículo Fiesta, de cor preta, na Avenida Paralela, quando se dirigia ao trabalho. Daniel foi preso em sua residência, no bairro do Imbuí. 

Donos de uma importadora de alimentos, sediada em Belém, no Pará, os irmãos Gerson e João Franco Bueno tiveram os mandados cumpridos pela Polícia Federal, naquela cidade. Isaías Vanderley do Amaral e Antônio Edvaldo Silva de Araújo foram presos em Aracaju e no Rio de Janeiro, respectivamente. 

Segundo a delegada Débora Freitas, o grupo recrutava pessoas em Salvador, Lauro de Freiras e Simões Filho, para servirem de “laranjas” na abertura de empresas, que revendiam carne bovina e derivados a estabelecimentos comerciais nas três cidades. Depois de acumularem dívidas milionárias em impostos, as empresas eram fechadas. 

De acordo com a promotora Vanezza de Oliveira Rossi, da Promotoria Regional Especializada no Combate à Sonegação Fiscal de Camaçari, o grupo já havia sido alvo, há cerca de um mês, de uma outra operação, a “Berrante”, da Polícia Federal, no estado do Pará. 

Edson, Daniel e Antônio ficarão custodiados no Complexo Policial dos Barris, enquanto Isaías, Gerson e João vão permanecer presos em seus respectivos estados. 

Além do MP e da Sefaz, a operação foi realizada por uma força-tarefa formada pela Secretaria da Segurança Pública da Bahia, Secretarias de Segurança Pública dos Estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais e Polícia Federal do Pará.

Correio da Bahia

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