Segundo morador de Pindobaçu, lavrador queria atirar 'em todo mundo'.
Depois de 30 minutos em cima de veículo, ele foi imobilizado por policial.
Uma mistura de pânico e terror com ar de "cangaço". É assim que um morador de Pindobaçu, no norte da Bahia, descreve o momento em que um homem, portando uma espingarda, um estilingue e um facão, subiu em uma viatura da Polícia Militar e ameaçou atirar nas pessoas e em policiais que estavam na Praça Pedro Luís, no centro da cidade. O caso ocorreu na manhã de quinta-feira (31). A situação foi contornada pela PM e o homem foi encaminhado à delegacia. Ninguém se feriu.
Segundo o comerciante Silvanio Dias Dantas, a situação ocorreu em frente ao estabelecimento dele. "Foi um pânico danado. Ele veio com a espingarda apontando para todo mundo e mandando todo mundo abaixar. Aí todo mundo começou a corrrer, tinha gente entrando em banheiro, criança chorando, idoso passando mal. Quando ele viu os policiais disse: 'É vocês que eu quero'. Aí ele subiu na viatura. Lá ele ficou mais de meia hora ameaçando todo mundo", descreve Dantas.
A Polícia Militar começou a negociar com o homem. No entanto, Dantas conta que ele estava decidido a não deixar o local. "Aí foi que a sargento chegou e ficou negociando com ele pra ver se ele se entregava. Eles ficavam conversando, negociando, mas não dava em nada. Alguém deu ideia de deixar os outros policiais distraindo ele enquanto que a sargento fez volta na viatura. Ela puxou ele e o derrubou. Nisso a espingarda disparou para cima", relata o morador."Ele ficava apontando a espingarda para todo mundo, parecendo o Lampião. Quando baixava a espingarda, pegava o badogue. Eu tava com uma senhora dentro da loja. A mulher entrou em pânico e eu tive que tirar pressão dela. O comércio baixou as portas", acrescenta Dantas.
Segundo a Polícia Civil de Pindobaçu, o homem foi conduzido à delegacia. Lá, ele foi autuado em flagrante por posse ilegal de arma. "A família disse que ele tem um distúrbio. Ele ficou mais calmo e disse que nem lembrava o que aconteceu, que deu um branco. A família pagou a fiança e a recomendação foi de que ele fosse para um centro de saúde para tratar desse problema dele", afirma o escrivão Enéas Soares. De acordo com Soares, o homem tem 37 anos e trabalha como lavrador na cidade.
G1 Bahia
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