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quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Celebridades também querem brilhar na política


Não importa se eles são ex-jogadores de futebol, participaram de reality shows, cantam, dançam, representam ou se possuem apenas um corpinho bonito. A verdade é que cada vez mais as ditas celebridades buscam um lugar ao sol no já disputado cenário político nacional. Este ano, o humorista Tiririca, o cantor Reginaldo Rossi e o ex-pugilista baiano Acelino Popó Freitas (que já foi secretário dos Esportes, na gestão do prefeito João Henrique) são apenas alguns nomes da extensa lista de famosos que irão concorrer a um cargo público em 3 de outubro próximo.
A grande maioria dos candidatos celebridades não possuem no currículo nenhuma experiência como administrador público, mas estão dispostos a quebrar preconceitos, provar que podem ser bons gestores e seguem inspirados nos chamados sucessos eleitorais. O estilista e apresentador Clodovil Hernandes foi um desses “hits” e, em 2006, elegeu-se como o terceiro deputado federal mais votado do estado de São Paulo, com 493.951 votos. Além dele, o cantor de forró e deputado federal por São Paulo, Frank Aguiar, também foi recordista de votos no estado e angariou o total de 144.797.

Mesmo com tais desempenhos excepcionais nas urnas, a maioria dos eleitores não acredita que a combinação fama e política seja uma boa ideia para a política nacional. Em enquete ainda não finalizada do portal A TARDE On Line, 57,59% de 7,121 pessoas (votação computada até o dia 25/08, às 16h40) opinaram que os famosos só querem usar a política para aparecer e 21,79% acham que os compromissos de celebridade podem atrapalhar a agenda política. Apenas 11,21% dos que participaram da pesquisa acreditam em qualquer candidato com boas propostas e 9,41% acham que a fama não tem relação com o perfil político.


Reconhecimento -
Para a coordenadora do curso de relações públicas da Universidade Salvador (Unifacs), Thaís Miranda, por mais que muitas candidaturas pareçam “exóticas”, não é possível generalizar que todos os famosos são oportunistas. “Eu não afirmaria que é uma regra geral porque eles podem ter propostas reais e ter vontade de fazer a diferença, mas existem aqueles que só se candidatam pelo bem que a política pode fazer às suas carreiras”, diferencia.


Segundo Thaís Miranda, um candidato que já é conhecido do público possui ampla vantagem durante a campanha e facilita a vida dos marqueteiros, como é o caso das celebridades. “O próprio lugar de celebridade encurta o trabalho de divulgação. Um profissional de marketing, ao entender o candidato como um produto, tem o trabalho de convencer as pessoas da importância e relevância daquela candidatura, além de divulgar sua imagem. Com um candidato já famoso, parte do caminho já foi andado”, esclarece.

No entanto, ela também não generaliza que os partidos utilizam a fama dos candidatos para ganhar votos. “Acredito que os partidos são coniventes com tais candidaturas, inclusive aquelas que não são verdadeiras. Alguns podem utilizar a estratégia dos puxadores de voto sim, mas, novamente, não afirmo que são todos”, pondera.
A TARDE

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