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terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Veículos respondem por 29% dos casos de poluição sonora

Um mês depois de iniciada uma mobilização contra a poluição sonora em Salvador, a população ainda sofre com o barulho excessivo na cidade. A principal queixa dos moradores é quanto ao volume dos aparelhos de som dos carros. As reclamações desse tipo representam 29% das denúncias registradas pela Superintendência de Controle e Ordenamento do Uso do Solo do Município (Sucom), responsável pela fiscalização.
Antônio Peixoto, morador de Dom Avelar, é um dos que sofre com o volume acima dos 70 decibéis (permitidos pela legislação municipal) originado dos alto-falantes dos veículos. “Este é o pior tormento para os moradores do bairro”, elege.
A Sucom reconhece a extensão do problema, que atinge diversos bairros da cidade, mas alega que esta é a causa de barulho mais difícil de ser fiscalizada. “Quando chegamos ao endereço indicado, o infrator já deixou o local”, informa Pedro Castro, coordenador de comunicação do órgão municipal.
Sem atendimento - De acordo com a Sucom, somente em 2010, foram registradas 3.434 reclamações, das quais apenas apenas 49% deixaram de ser atendidas. Casos como o de Nancy Ramos, moradora da Ribeira, que se diz cansada de ligar para o serviço e não ter resposta.
“Antigamente eu ligava sempre, mas hoje estou descrente. Ao longo desses quatro anos que moro aqui, houve apenas uma fiscalização. Se estão sendo feitas ações contra a poluição, elas ainda não chegaram aqui”, afirma Nancy. Segundo ela, que reside há quatro anos na Ribeira, há muito tempo o bairro da Cidade Baixa perdeu o clima de tranquilidade que lhe era característico.
A Sucom aponta a falta de infraestrutura do órgão para a deficiência no atendimento aos chamados. Nos últimos trinta dias, a quantidade de decibelímetros cresceu apenas de 14 para 20 medidores. O prometido pela direção da Superintendência, em coletiva no início do mês passado, foi de 300. Até abril, a meta é chegar a 100, segundo a assessoria de comunicação.
Acordo a caminho - Apesar das críticas, a avaliação da Sucom para os dois últimos meses desde que a fiscalização voltou ao controle da Sucom (antes estava sob a chancela da Superintendência de Meio Ambiente) é positiva. “Estamos trabalhando para diminuir os focos de ocorrência e também as reincidências nos principais pontos”, afirma o coordenador de comunicação.
Pedro Castro afirma que a fiscalização será intensificada a partir de abril com a entrada em ação, no dia-a-dia – e não só nas blitzes – da Transalvador, Polícia Militar e Guarda Municipal, a partir de acordo ainda a ser assinado entre as instituições. O objetivo é fortalecer a fiscalização e coibir ameaças e posturas agressivas dos infratores autuados. Outra promessa é o aluguel de mais viaturas para o órgão. O investimento, segundo Pedro Castro, será feito com a receita obtida com os licenciamentos do período de carnaval (R$ 950 mil).
Denuncie a Poluição Sonora: telefone: 2201-6660 / site: www.sucom.ba.gov.br

A TARDE

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