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domingo, 21 de fevereiro de 2010

Baianão: Madre de Deus e Bahia empatam no interior

Mereciam um prêmio os heróis que tiveram paciência para assistir aos dois duelos entre Bahia e Madre de Deus nesta edição do Campeonato Baiano. Ambos terminaram empatados sem gols e foram capazes de consolar times de várzea da pior qualidade. Ninguém está tão mal diante de partidas profissionais tão repugnantes.Neste domingo, na cidade praiana do Recôncavo, até foram criadas chances, mas sempre muito mal aproveitadas pelos atacantes. Apesar de tudo, o Madre pode se orgulhar de ser o único time invicto do campeonato – com duas vitórias e sete empates – e de não ter perdido para o clube de maior torcida do estado.O Bahia, em relação à posição na tabela, não tem muito a lamentar. Manteve o primeiro posto do Grupo 2, um ponto à frente do vice Camaçari. Já o adversário, apesar da invencibilidade, é o quarto do Grupo 1, a apenas dois pontos de distância do Atlético, que hoje disputaria o “torneio da morte”.Se está bem na classificação, o futebol do Esquadrão é de dar pena. Sem Rogerinho, o principal articulador, machucado, e Edilson, com febre, faltava um toque diferente. E Renato Gaúcho ainda complicou na escalação, deixando o jovem meia Mauricio e o zagueiro Alison no banco de reservas. O lateral Apodi estreou e, sem ritmo, deixou sua técnica pouco apurada ofuscar a grande velocidade. Depois da partida, ele passou a responsabilidade para os companheiros que desperdiçaram oportunidades: “A equipe não mata o jogo quanto tem que matar. Aí é f...”.Do outro lado, o Madre de Deus ostentava um quinteto nada fantástico de jogadores que já vestiram a camisa do Bahia. O lateral-direito Rogério Rios, o zagueiro Bruno Neves, os volantes Fausto e Jair e o veterano atacante Reinaldo Aleluia pouco incomodaram o ex-time.No primeiro tempo, as melhores jogadas foram do tricolor. A mais clara caiu no pé do pouquíssimo inspirado Rodrigo Gral, que, na cara do goleiro, resolveu não chutar. Preferiu passar para ninguém. Ananias, Wilson Júnior e Marcone também chegaram perto do gol.A etapa complementar foi ainda pior do que a inicial. Renato Gaúcho colocou Mauricio e o esquecido atacante Hélder em campo, mas nada mudou. De forma surpreendente, Lima, contratado para ser o camisa 9 do Bahia, foi o último a entrar. Abedi, Marcone e Hélder criaram chances sem grande perigo. Já o Madre só chegou com Jhulliam, que entrou no lugar de Reinaldo Aleluia.A preocupação da torcida tricolor é com o duelo do próximo domingo, em Pituaçu, contra o rival Vitória. A expectativa é que o time consiga se vingar da derrota noprimeiro clássico do ano, porém, diante do futebol apresentado e o possível desfalque de Rogerinho, que recupera-se de torção no joelho, a esperança de redenção é pequena. “Falta concentração. Temos que melhorar, pois domingo tem clássico”, avisou o zagueiro Nen.Pesar - Com o triunfo no Espírito Santo, eliminando o jogo de volta contra o Vitória, pela Copa do Brasil, o Bahia comemorou a semana inteira que teria para treinar para o Ba-Vi de domingo. Porém, já nos primeiros dias de atividades, o treinador Renato Gaúcho não poderá estar presente. Neste domingo, logo após o jogo contra o Madre de Deus, ele recebeu a notícia do falecimento de sua mãe. Maria Portaluppi tinha 73 anos e morreu nesta tarde. Renato deverá seguir para o Rio Grande do Sul e não se sabe quando ele retorna.

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