Enquanto a solução não chega, cerca de 500 mil objetos estão presos |
Entrando no
12° dia por atraso na entrega de cartas e objetos postais, a Agência de
Correios e Telégrafos da Bahia foi notificada na manhã de ontem pela Superintendência
de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-BA). Em razão de um defeito técnico em
um setor elétrico no edifício-sede dos Correios, na Pituba, desde a manhã de 27
de junho, as atividades do prédio foram interrompidas.
Ainda que a
situação tenha sido normalizada no dia 28 de junho, dois dias após, uma nova
queda de energia aconteceu no prédio. O apagão foi causado devido a um problema
que gerou a oxidação de um encanamento de água do imóvel e até então problema
não foi resolvido. A partir dos relatos de consumidores que ainda aguardam as
encomendas serem despachadas, o Procon-BA emitiu uma notificação para os
Correios, cobrando providências para garantir o cumprimento dos prazos de
entrega de encomendas e evitar danos maiores aos consumidores.
“Alternativas
precisam ser apresentadas para que os consumidores baianos não continuem sendo
lesados. Estaremos atentos para que sejam obedecidas as normas vigentes e
eventuais prejuízos não sejam registrados. A preocupação agora é regularizar a
situação de imediato e restabelecer a prestação do serviço postal”, salientou o
Superintendente do Procon, Ricardo Maurício Freire Soares.
De acordo
com o diretor Regional dos Correios na Bahia, Cláudio Garcia, providências
estão sendo adotadas e até a próxima sexta-feira (11), o serviço será
normalizado: “Já locamos dois GERADORES para poder atender os setores mais emergenciais de
trabalho e estamos agora com duas empresas trabalhando para colocar um
cabeamento que substituirá o barramento elétrico – sistema de energia que
alimenta todo o prédio –. À medida que as pessoas têm vindo nos procurar, temos
localizado e entregado os objetos, já os outros estão sendo entregues nas
residências. Com a conclusão do cabeamento, há a expectativa de que os serviços
normalizem nessa sexta-feira”, explicou o diretor.
Cláudio
pediu ainda que as pessoas que aguardam pelas suas encomendas “tenham um
pouquinho de paciência em função de que este foi um motivo de força maior que
surgiu, mas, que estão sendo feitos todos os esforços pelos empregados dos
Correios para atender as necessidades dos clientes”.
Enquanto a
solução não chega, cerca de 500 mil objetos postais, entre eles cartas e
encomendas, continuam presos na sede dos Correios, localizada na Pituba: “Não
estamos conseguindo tratar a carga. O que está saindo é o mínimo, e isto graças
à boa vontade dos carteiros, que estão separando o que conseguem de forma
manual”, disse o diretor da Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de
Correios e Telégrafos e Similares (FENTECT), Saul Gomes, acrescentando ainda
que “o que está acontecendo é um verdadeiro apagão na correspondência da
Bahia”.
Cláudio Garcia contesta a informação, e afirma que os Correios, mesmo com a falta de energia, está dando conta
de 80% dos cerca de 1,2 milhão de objetos que chegam ao prédio diariamente. “Com
funcionamento normal, a taxa de processamento é de 95%, ou seja, os objetos são
tratados, enviados para as unidades de distribuição e entregues no mesmo dia em
que chegam”, destacou.
Tribuna da Bahia
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