Carnaval: projeções indicam crescimento de 6% no número de visitantes e na média diária de gastos
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Estimativa da Secretaria Estadual do Turismo (Setur) indica que Salvador irá receber um total de 526 mil turistas nos seis dias do Carnaval (27/2 a 4/3). E estes visitantes devem injetar R$ 1 bilhão na economia da cidade com um gasto médio de R$ 2 mil por dia. Se confirmada estas expectativas, a capital baiana vai registrar um aumento de 6% no fluxo turístico e no gasto médio por turista em relação ao Carnaval de 2013.
A projeção da Setur foi feita com base na pesquisa sobre turismo e Carnaval realizada, no ano passado, mas que ainda se encontra em fase de finalização e só deve ser divulgada no próximo mês. O CORREIO teve acesso exclusivo aos números preliminares do estudo e às projeções que os técnicos do órgão fazem para este ano.
Segundo os dados do governo, do total destes visitantes, 88,8% são de brasileiros e 11,2% de estrangeiros. A renda média deles gira em torno de R$ 5.259,14. E eles ficam, em média, por sete noites na cidade, curtindo todos os dias da maior festa popular do Brasil. Os maiores gastos são, pela ordem, com hospedagem, passagens aéreas, compra de abadás ou de ingressos para camarotes, alimentação e transporte. São esperados 15 mil turistas em navios e cruzeiros e 150 mil desembarques no aeroporto. O restante chegará à capital baiana por via rodoviária (de ônibus ou em carro particular).
Mais homens
A maioria dos visitantes carnavalescos é jovem, embora o número de maiores de 55 anos aumente ano a ano. Em 2013, 39,3% dos turistas carnavalescos estavam na faixa etária entre 25 e 34 anos. Em 2012, o grupo representou 42,5%, e 44,4% em 2011. Já os com 55 anos ou mais foram 3,9% em 2011, subiram para 5% no ano seguinte e em 2013 somaram 8,1%.
No recorte por gênero, os homens representaram, em 2013, 56,1% dos visitantes contra 43,9% de mulheres. No ano anterior, 54,% a 46%.
A predominância masculina entre os turistas carnavalescos é uma tendência histórica segundo o secretário estadual do Turismo, Pedro Galvão. “Em todos os carnavais, se pesquisas fossem feitas desde as primeiras festas, seria assim. Homens vêm mais, são maioria entre os solteiros”, comentou.
Os principais emissores nacionais – baseada na pesquisa feita no ano passado - são, por ordem, São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, Distrito Federal e Sergipe. Entre os países estrangeiros, os principais emissores de turistas são Itália, Argentina, Estados Unidos, Inglaterra, Suíça, Austrália e Alemanha.
Esta última lista justifica, segundo Galvão, as projeções positivas para o Carnaval deste ano. “A economia da Europa está melhor. A Alemanha nunca teve crise, mas países como Itália estão melhor e os italianos sempre desejaram conhecer o Carnaval de Salvador”, falou. “A Argentina está em crise, mas nosso Carnaval é um produto consolidado no país e os argentinos sempre marcam presença”.
Avaliação
O estudo da Setur, um órgão do governo do estado, também mediu a avaliação feita pelos turistas dos serviços que consumiram durante o Carnaval do ano passado. O resultado aponta para a necessidade de melhoria da limpeza pública, do transporte urbano, dos banheiros públicos, de serviços e preços dos táxis e a falta de segurança. Na outra ponta, o policiamento foi o que mais agradou, seguido pelo atendimento em restaurantes, sinalização das ruas, iluminação do Pelourinho e serviços prestados no aeroporto.
A segurança da festa é de responsabilidade do governo do estado, bem como a manutenção do Pelourinho. Limpeza e iluminação e regulação dos transportes públicos e taxistas, da prefeitura. O aeroporto é administrado pela Infraero, empresa do governo federal.
Galvão ressaltou que o visitante que vem para o Carnaval tem um perfil mais descolado do que o que virá durante a Copa do Mundo de Futebol (entre junho e julho). “É um visitante muito menos exigente que o da Copa. É mais jovem e vem para curtir a noite, a balada”, comentou. Apenas 56% dos 1.229 entrevistados declaram ter ido à praia durante o Carnaval de 2013. Destes, 55% consideraram os serviços oferecidos nestes espaços como sendo bons.
A projeção da Setur foi feita com base na pesquisa sobre turismo e Carnaval realizada, no ano passado, mas que ainda se encontra em fase de finalização e só deve ser divulgada no próximo mês. O CORREIO teve acesso exclusivo aos números preliminares do estudo e às projeções que os técnicos do órgão fazem para este ano.
Segundo os dados do governo, do total destes visitantes, 88,8% são de brasileiros e 11,2% de estrangeiros. A renda média deles gira em torno de R$ 5.259,14. E eles ficam, em média, por sete noites na cidade, curtindo todos os dias da maior festa popular do Brasil. Os maiores gastos são, pela ordem, com hospedagem, passagens aéreas, compra de abadás ou de ingressos para camarotes, alimentação e transporte. São esperados 15 mil turistas em navios e cruzeiros e 150 mil desembarques no aeroporto. O restante chegará à capital baiana por via rodoviária (de ônibus ou em carro particular).
Mais homens
A maioria dos visitantes carnavalescos é jovem, embora o número de maiores de 55 anos aumente ano a ano. Em 2013, 39,3% dos turistas carnavalescos estavam na faixa etária entre 25 e 34 anos. Em 2012, o grupo representou 42,5%, e 44,4% em 2011. Já os com 55 anos ou mais foram 3,9% em 2011, subiram para 5% no ano seguinte e em 2013 somaram 8,1%.
No recorte por gênero, os homens representaram, em 2013, 56,1% dos visitantes contra 43,9% de mulheres. No ano anterior, 54,% a 46%.
A predominância masculina entre os turistas carnavalescos é uma tendência histórica segundo o secretário estadual do Turismo, Pedro Galvão. “Em todos os carnavais, se pesquisas fossem feitas desde as primeiras festas, seria assim. Homens vêm mais, são maioria entre os solteiros”, comentou.
Os principais emissores nacionais – baseada na pesquisa feita no ano passado - são, por ordem, São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, Distrito Federal e Sergipe. Entre os países estrangeiros, os principais emissores de turistas são Itália, Argentina, Estados Unidos, Inglaterra, Suíça, Austrália e Alemanha.
Esta última lista justifica, segundo Galvão, as projeções positivas para o Carnaval deste ano. “A economia da Europa está melhor. A Alemanha nunca teve crise, mas países como Itália estão melhor e os italianos sempre desejaram conhecer o Carnaval de Salvador”, falou. “A Argentina está em crise, mas nosso Carnaval é um produto consolidado no país e os argentinos sempre marcam presença”.
Avaliação
O estudo da Setur, um órgão do governo do estado, também mediu a avaliação feita pelos turistas dos serviços que consumiram durante o Carnaval do ano passado. O resultado aponta para a necessidade de melhoria da limpeza pública, do transporte urbano, dos banheiros públicos, de serviços e preços dos táxis e a falta de segurança. Na outra ponta, o policiamento foi o que mais agradou, seguido pelo atendimento em restaurantes, sinalização das ruas, iluminação do Pelourinho e serviços prestados no aeroporto.
A segurança da festa é de responsabilidade do governo do estado, bem como a manutenção do Pelourinho. Limpeza e iluminação e regulação dos transportes públicos e taxistas, da prefeitura. O aeroporto é administrado pela Infraero, empresa do governo federal.
Galvão ressaltou que o visitante que vem para o Carnaval tem um perfil mais descolado do que o que virá durante a Copa do Mundo de Futebol (entre junho e julho). “É um visitante muito menos exigente que o da Copa. É mais jovem e vem para curtir a noite, a balada”, comentou. Apenas 56% dos 1.229 entrevistados declaram ter ido à praia durante o Carnaval de 2013. Destes, 55% consideraram os serviços oferecidos nestes espaços como sendo bons.
Setor hoteleiro não compartilha otimismo da Secretaria do Turismo
O otimismo das projeções governamentais em relação ao crescimento do fluxo e dos gastos dos turistas no Carnaval deste ano não é compartilhado pela indústria hoteleira. Presidente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares da Cidade de Salvador (SHRBS), Sílvio Pessoa declarou que o setor vive em 2014 sua pior alta estação. “No último mês de janeiro, tivemos um índice de ocupação de 60%, abaixo do índice histórico, que é de 67%. Em fevereiro, a 20 dias do Carnaval, a ociosidade está em 50% dos leitos”, disse.
Pessoa acredita que a causa da ociosidade está relacionada tanto a fatores pontuais quanto estruturais. Entre os primeiros, ele destaca que em 2014, o Carnaval será no final de fevereiro, quando o potencial turista já terá se deparado com o pagamento de impostos (IPTU, IPVA), com as mensalidades e o material escolar. “A decisão pelo lazer é tomada após todos os demais compromissos financeiros terem sido cumpridos”, destacou.
Entre as causas estruturais, ele cita a cartelização dos preços das passagens aéreas, a ausência de campanhas de divulgação de Salvador como destino turístico, a presença de cruzeiros - que trazem turistas que passam no máximo uma noite - e o uso de casa de amigos e parentes como local de pernoite em detrimento de hotéis e pousadas.
O secretário Pedro Galvão, afirmou que de fato só 38,8% se hospedam em hotéis e pousadas. Mas que os turistas, independentemente do local onde passem a noite, movimentam a economia da cidade, consumindo em restaurantes, lojas de artesanato e em pequenas viagens ao Litoral Norte. “Acredito que os hotéis sofrem com a concorrência de novos empreendimentos construídos por causa da Copa, o que aumentou o número de leitos”, completou.
Correio da Bahia
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