Rubro-negro empatou com o time tricolor em 1 a 1 e garantiu o título estadual após três anos de jejum
Jogadores comemoram título do Campeonato Baiano de 2013. Foto: Robson Mendes
Fernanda Varelafernanda.varela@redebahia.com.br
Não tinha como ser diferente. Vencedor de quase todos os clássicos BaVis do Campeonato Baiano de 2013, o Vitória ficou no empate com o rival, Bahia, em 1 a 1 e confirmou o que já era esperado: sagrou-se campeão baiano de 2013,neste domingo (19), em pleno Barradão.
De um lado, 44 tricolores apoiavam o Bahia e ainda acreditavam que o time do coração conseguiria reverter a desvantagem na competição e venceria o rival por cinco gols de diferença. Do outro, 32.470 rubro-negros já contavam com as duas mãos na taça e soltavam o grito preso na garganta desde 2010. Fora do estádio, trios elétricos comandados por Tatau, cantor do Araketu, aguardavam a multidão para comandar a festa do Leão.
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Crise e desânimo dominam o Bahia
Nem os desfalques do goleiro Deola, que seria capitão na partida, e do volante Luis Alberto, foram suficientes para animar o Bahia comandado por Chiquinho de Assis, que substituía Cristóvão Borges, que só assumirá o Bahia após o estadual.
Antes da partida, o “treinador” do Bahia já esbanjava desânimo e conformismo. Chiquinho chegou a declarar que ia “tentar fazer o Bahia jogar futebol”, relembrando que o time estava entrando em campo “apenas para se despedir da competição com o mínimo de dignidade”. E essa dignidade não veio. O Bahia ficou no empate e reforçou o momento de crise, que tanto aflige aos tricolores, que até criaram um movimento batizado de “Bahia da Torcida” para tentar livrar o time desta situação atual.
Vitória não tem “nada a ver com isso”Vivendo uma boa fase e vindo de uma goleada histórica diante do maior rival, no Campeonato Baiano, o Vitória entrou no gramado bastante concentrado. Os atletas não esbanjavam alegria e vetavam o clima de “já ganhou”, embora acreditassem piamente que a taça de 45 kg seria levantada pelas mãos do capitão da equipe, o goleiro Deola, que embora não tivesse condições de jogar na final, foi homenageado pelos companheiros de grupo.
Além de concentração, o Vitória pregou respeito ao rival e organização durante a partida. Ao apito final, comemorou o seu 27º título estadual da história.
De um lado, 44 tricolores apoiavam o Bahia e ainda acreditavam que o time do coração conseguiria reverter a desvantagem na competição e venceria o rival por cinco gols de diferença. Do outro, 32.470 rubro-negros já contavam com as duas mãos na taça e soltavam o grito preso na garganta desde 2010. Fora do estádio, trios elétricos comandados por Tatau, cantor do Araketu, aguardavam a multidão para comandar a festa do Leão.
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Antes da partida, o “treinador” do Bahia já esbanjava desânimo e conformismo. Chiquinho chegou a declarar que ia “tentar fazer o Bahia jogar futebol”, relembrando que o time estava entrando em campo “apenas para se despedir da competição com o mínimo de dignidade”. E essa dignidade não veio. O Bahia ficou no empate e reforçou o momento de crise, que tanto aflige aos tricolores, que até criaram um movimento batizado de “Bahia da Torcida” para tentar livrar o time desta situação atual.
Vitória não tem “nada a ver com isso”Vivendo uma boa fase e vindo de uma goleada histórica diante do maior rival, no Campeonato Baiano, o Vitória entrou no gramado bastante concentrado. Os atletas não esbanjavam alegria e vetavam o clima de “já ganhou”, embora acreditassem piamente que a taça de 45 kg seria levantada pelas mãos do capitão da equipe, o goleiro Deola, que embora não tivesse condições de jogar na final, foi homenageado pelos companheiros de grupo.
Além de concentração, o Vitória pregou respeito ao rival e organização durante a partida. Ao apito final, comemorou o seu 27º título estadual da história.
Dinei abriu placar do jogo e voltou a marcar contra o Bahia
O JOGO
Primeiro tempo: deu Leão...e cachorro.Debaixo de muita chuva, como normalmente acontece nas finais do Baianão, o clássico BaVi deste domingo não foi muito diferente dos últimos três – 5 a 1, 2 a 1 e 7 a 3, todos em favor do Vitória. O placar não foi favorável ao Leão, mas a história em campo se repetiu e a partida foi de domínio dos donos da casa. Mais uma vez o Bahia, apático e perdido em campo, não segurou a organização e a intensidade do rubro-negro.
Logo aos 18 minutos, Dinei “jogou água” na alegria dos 44 torcedores esperançosos e marcou o primeiro gol do jogo – o quinto do atleta em apenas dois jogos. Nino recebeu na área e chutou, mas o camisa 9 desviou e mandou uma bola certeira no gol de Omar.
O Vitória não se assustou com o Bahia e seguiu protagonizando uma boa sequência de lances de perigo e de ataque. Após o tento, o Leão se fechou e passou a trabalhar mais as jogadas de contra-ataque, sem nenhuma dificuldade.
O Vitória chegou a oferecer muito perigo aos 40 minutos, quando quase amplia o marcador. A bola ia entrando no gol de Omar, que escorregou, mas Jussandro conseguiu salvar o time baiano na última hora.
Nos momentos finais do primeiro tempo, um fato curioso tomou conta do clássico. Um simpático cachorro invadiu o gramado e levou a torcida do Vitória ao delírio, que gritava “uh é cachorrão”, enquanto torcedores do Bahia se dividiam e faziam piadas gritando “larga o osso, presidente”, cantavam o clássico musical “eu não sou cachorro não” e relembravam que até o cão “conseguia driblar a zaga do Tricolor”.
Empate no último Ba-Vi do campeonato garantiu com sobras título para o Leão
Segundo tempo: favoritismo confirmado, mão na taça e medalha no peito Com o gramado repleto de lama e falhas por conta da chuva, Bahia e Vitória voltaram a campo com as mesmas peças no time titular.
Assim como as equipes, a história da partida também não sofreu alterações. O Vitória entrou em campo focado em ser campeão com direito a triunfo dentro de casa. O Bahia chegou a esboçar alguma reação em lances isolados, mas nada que assustasse o Leão, nem animasse a torcida tricolor.
Com o jogo menos movimentado, o Vitória dominou o resultado do jogo com tranquilidade, enquanto o Bahia não demonstrou poder de reação suficiente para reverter a desvantagem elástica que separava o Tricolor da taça do estadual.
Aos 20 minutos, Fernandão – dono de dois gols e uma assistência nos últimos BaVis - voltou a marcar no clássico. O atleta invadiu a área do Leão, ignorou a zaga dos donos da casa e mandou a bola entre as pernas do goleiro Wilson, e empatou a partida.
Nos momentos finais da partida, o jogo teve maior movimentação das duas equipes, mas sem oferecer perigo aos donos da casa.
Com o resultado, o Vitória chegou à marca de 27 títulos estaduais. Nas últimas 20 edições da competição, o rubro-negro levantou a taça 14 vezes (incluindo o título de 1999, dividido com o Bahia). O Leão ainda disputa a Copa do Brasil e enfrentará o Salgueiro na próxima quarta (22). Em seguida, o rubro-negro enfrentará o Internacional, no dia 25 de maio, pela primeira rodada do Campeonato Brasileiro.
Já o Tricolor, que foi eliminado da Copa do Brasil pelo Luverdense, aguarda o início do Brasileirão. Na estreia, o Bahia enfrentará o Criciúma em Santa Catarina, no dia 26 de maio.
Ficha técnica:
Vitória: Wilson; Nino Paraíba, Victor Ramos, Gabriel Paulista e Mansur; Michel, Cáceres (Neto Coruja), Renato Cajá e Escudero (Vander); Maxi Biancucchi (Marquinhos) e Dinei.
Técnico: Caio Júnior.
Bahia: Omar; Madson (Neto), Rafael Donato, Titi e Jussandro; Toró, Diones (Freddy Adu) e Hélder; Marquinhos Gabriel, Ryder (Ítalo Melo) e Fernandão.
Técnico: Chiquinho de Assis.
Local: Estádio Manoel Barradas (Barradão), em Salvador (BA)
Horário: 16h
Data: 19/05/2013 (domingo)
Arbitragem: Wilson Luiz Seneme (Fifa/SP)
Assistentes: Emerson Augusto de Carvalho (Fifa/SP) e Márcio Eustáquio Santiago (Fifa/MG)
Gols: Dinei (18’ do primeiro tempo) e Fernandão (20’ do segundo tempo)
Cartões amarelos: Escudero e Vander (Vitória); Titi, Toró e Jussandro (Bahia)
Público pagante: 32.514
Correio da Bahia
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