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segunda-feira, 2 de junho de 2014

Publicitário e advogada são suspeitos de esquartejar zelador no litoral de São Paulo

Os dois foram presos; homem confessou o crime, diz polícia

Zelador foi encontrado esquartejado em casa
(Foto: Reprodução/TV Globo)
Um publicitário e a esposa, que é advogada, foram presos suspeitos de matar o zelador Jezi Lopes de Souza, 63 anos, nesta segunda-feira (2). Segundo a polícia, Eduardo Tadeu Pinto Martins confessou o crime. Ele matou o zelador, colocou o corpo em uma mala e fugiu para Praia Grande, no litoral paulista. A motivação pelo crime foram desavenças que o casal tinha com a vítima, segundo o G1. Já a advogada Ieda da Silva Martins nega o crime.
O corpo do zelador foi encontrado esquartejado em uma casa no bairro Balneário Maracanã em Praia Grande. No mesmo local, o publicitário foi preso com a mulher.
O zelador Jezi foi visto pela última vez na sexta à tarde deixando o elevador do edifício em que trabalhava, no bairro Casa Verde. Imagens das câmeras de segurança do condomínio mostram quando ele sai do elevador em um dos andares para entregar cartas a moradores. Depois, ele não é mais visto retornando ao elevador.
Outras 15 câmeras também não registraram o zelador passando pelas escadas - todas funcionam 24h por dia. As três câmeras da frente do edifício também não mostram o  saindo. O prédio tem 22 andares.
O delegado Egídio Cobo classificou o publicitário de "maquiavélico" e falou sobre as desavenças que motivaram o crime.  "Coisas banais, coisas de condomínio. Nem todos os condôminos aceitam a maneira de administrar", disse o delegado, que é titular do 13º Distrito Policial de São Paulo. "Ele nunca esperava que a polícia fosse agir tão rápido", acrescenta. 
A filha de Jezi, Sheyla Viana de Souza, 27 anos, contou à polícia que um dos moradores tinha "problemas de relacionamento" com seu pai. Ela disse também que um morador contou a ela que ouviu gritos de discussão e pedidos "para parar" vindo de um apartamento próximo. Pelo olho mágico, esse morador avistou o publicitário fechando a porta.
Esse episódio narrado pela testemunha é compatível com o horário em que o zelador foi visto pela última vez saindo do elevador. Policiais militares e outros funcionários do prédio procuraram por todo o edifício e não acharam Jezi.
Mala no elevador
As câmeras que não gravaram a saída de Jezi, no entanto, mostram o publicitário entrando no elevador "arrastando uma mala escura e carregando um saco, ambos de grande porte, que demonstrarem estarem bem pesadas, levando-se em consideração a dificuldade (...) ao arrastá-la", disse Sheyla à polícia.
Testemunhas dizem que o morador foi até a garagem. Pelas imagens, a mulher o ajuda a colocar a mala e o saco no carro do casal. Os dois saem no veículo e retornam.
O vídeo citado pro Sheyla não foi divulgado.
A família registrou o desaparecimento de Jezi no sábado. PMs foram até a casa do publicitário neste mesmo dia e ele contou que já havia discutido várias vezes com Jezi, "mas que ontem (sexta) nada havia acontecido". No local, os policiais encontraram sacos similares aos que aparecem nas imagens de segurança. Dentro deles havia roupas e tênis. Pedaços de corpo humano foram achados em sacos. No carro, eles acharam uma mala que continha somente roupas.
O casal inicialmente disse que saiu para levar as roupas para uma igreja, mas o local estava fechado. Em depoimento à polícia, Ieda manteve a versão, dizendo que o marido contou que a mala estaria cheia de roupas para doação a uma igreja. Ela negou qualquer participação no crime.
Na casa em Praia Grande onde o zelador foi encontrado morto, policiais encontraram pedaços do corpo espalhados em sacos plásticos. Alguns ele tentou queimar e outros enterrar. "Ao redor da churrasqueira tinha alguma coisa queimando, baldes, serrote", diz o delegado. "Ele é habilidoso, maquiavélico". 
Correio da Bahia

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