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domingo, 28 de agosto de 2016

O choro do casal de idosos canadense obrigado a viver separado após 62 anos

Wolfram e Anita Gottschalk com a neta, Ashley Kaila Baryik, que publicou a foto no Facebook
© Fornecido por BBC Wolfram e Anita Gottschalk com a neta, Ashley Kaila Baryik, que publicou a foto no Facebook

"É a foto mais triste que já tirei na minha vida."
Assim Ashley Baryk descreve a foto que tirou de seus avós para relatar ao mundo o drama do casal de idosos. A imagem, postada no Facebook, imediatamente foi compartilhada milhares de vezes e foi notícia em todo o mundo.
Na foto, um homem de cadeira de rodas e uma mulher com um andador ortopédico estão sentados de frente para o outro e secam suas lágrimas com lenços de pano.
Wolfram Gottshalk, de 83 anos, e sua esposa Anita, de 81, são casados há mais de seis décadas. Apesar disso, foram obrigados a viver separados pelo que a família considera uma ineficiência no sistema de saúde público canadense.
Anita está em uma residência para idosos na ciudad de Surrey, na província de Columbia Britânica, no oeste do Canadá.
Seu marido, que foi diagnosticado recentemente com linfoma - câncer no sistema linfático - está em outra residência enquanto aguarda na lista de espera o traslado para junto da mulher com quem viveu mais de seis décadas.
Baryik, de 29 anos, compartilhou a imagem dos avós - Omi e Opi, como os chama - para chamar atenção sobre o que a família qualificou de "atrasos e demoras no sistema de saúde pública" do país.

"Choram sempre que se veem"

Ashley conta que seus avós foram separados pela primeira vez em janeiro, quando Wolfram Gottschalk foi hospitalizado devido a um problema cardíaco. Após o incidente, foi recomendado que ele fosse levado a uma casa de repouso.
Wolfram e Anita Gottschalk com a neta, Ashley Kaila Baryik, que publicou a foto no Facebook
Enquanto Wolfram aguardava um lugar em um centro para idosos, sua esposa Anita pediu entrada no esquema de vida assistida do sistema público para poder se juntar ao marido.
As autoridades encontraram rapidamente um lugar para Anita, mas o marido continua, após oito meses, vivendo em um centro de transição e na lista de espera por um lugar na residência da esposa.
A neta disse que decidiu pedir ajuda através das redes sociais porque o diagnóstico do avô "deu um novo sentido de urgência à necessidade de reunificar o casal".
"É desolador para minha avó, ela que quer estar ao lado do marido todos os dias", disse Ashley.
"Eles choram sempre que se veem, e o processo tem sido emocionalmente esgotante para eles."

Problema maior

A autoridade de saúde de Fraser, jurisdição onde vivem os Gottschalk, disse à agência AP que tenta manter famílias unidas, mas alega que as necessidades médicas de Wolfram são maiores que as de Anita.
Um representante da entidade contatou o casal na quinta-feira, afirmando que conseguir um leito para Wolfram é agora sua "prioridade número um".
"É muito triste para a família e para nós também", disse a porta-voz de Fraser, Tasleem Juma.
Diagnóstico de linfoma em Wolfram eleva urgência de que o casal passe a viver junto, disse neta
Wolfram e Anita Gottschalk: Diagnóstico de linfoma em Wolfram eleva urgência de que o casal passe a viver junto, disse neta
© Fornecido por BBC Diagnóstico de linfoma em Wolfram eleva urgência de que o casal passe a viver junto, disse neta



Após a publicação da imagem no Facebook, doações foram oferecidas para
levar o casal para uma residência privada. Mas as ofertas foram recusadas, 
pois o casal acredita no princípio de que seu exemplo sirva para pressionar 
por mudanças no sistema de saúde.
"Aceitar dinheiro no nosso caso não resolveria o problema de todas as outras
famílias que não podem pagar uma residência privada", disse Ashley.
"Queremos uma saída para melhorar o sistema, não arrecadar dinheiro para
achar um final feliz para um único caso, que é sintomático de um problema 
muito maior."
msn Notícias

quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Corpos de gêmeos mortos em Cosme de Farias são enterrados





Polícia investiga se crimes têm relação com dívida e vingança de ciganos
Os corpos dos gêmeos Silvio Cezar Carvalho Santos e Cezar Silvio Carvalho Santos, de 45 anos, foram sepultados nesta quinta-feira (18) à tarde no Cemitério Municipal de Itapuã. Os dois foram assassinados na tarde de ontem, em Cosme de Farias.  Cerca de cem pessoas compareceram ao enterro, entre amigos e familiares, para se despedir dos irmãos.
Enterro aconteceu nesta quinta-feira (18)
 (Foto: Almiro Lopes/CORREIO)
No sepultamento, Cézar foi lembrado com muito carinho pelos amigos, colegas de trabalho e familiares. “Era um pai muito bom, criou os filhos todos com muito amor”, disse a esposa. Um parente disse que Sílvio era o representante da família. “Ele resolvia tudo para todo mundo, era uma pessoa de caráter”, falou.
Ao CORREIO, um familiar contou que a história de vida dos irmãos foi de superação. Ambos começaram a trabalhar desde vendendo fichas telefônicas e mingau no Comércio. “Eles cresceram na vida, chegaram onde chegaram, um se formou jornalista, o outro advogado, e morreram assim, como se fossem marginais”, desabafou. Segundo ele, Silvio conseguiu passar na prova da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) antes mesmo de terminar a faculdade. Cezinha, que havia retornado de Brasília em fevereiro, estava se preparando para voltar à cidade no dia 24 desse mês para trabalhar na filial da Rede Globo.
Os irmãos foram mortos na região da Baixa do Tubo. Silvio, que era advogado, estava em seu escritório quando foi morto por um homem que o chamou, se passando por cliente. Ao ouvir tiros, Cezar, que era cinegrafista e estava próximo, correu até o local e acabou sendo baleado também. Socorrido para o Hospital Geral do Estado (HGE), ele não resistiu e já chegou sem vida.
Segundo testemunhas, dois homens chegaram ao local de moto. Um deles desceu, tirou o capacete e foi até a casa onde ficava o escritório de Silvio para cometer o crime. Testemunhas também disseram à polícia que um carro azul que estava na rua aparentava dar cobertura aos bandidos. 
Familiares acreditam que o crime foi cometido por ciganos, por vingança. Um irmão dos gêmeos, Jailton, está preso desde 2014 acusado de matar um cigano na BR-324. A família diz que os crimes de hoje têm relação com o caso - a polícia não confirma e diz que ainda está investigando.
Comerciante, Jailton assassinou o cigano Jair Ferraz de Almeida, 42, para tentar se livrar de uma dívida. Depois, três familiares dele - ex-mulher, sobrinho e filho, foram mortos. Silvinho era, inclusive, o advogado que representava o irmão diante da Justiça.
Silvinho deixa seis filhos. Cezinha tinha 6 filhos e 3 netos, o último nascido há apenas 10 dias. Ele passou recentemente seis meses trabalhando na Rede Globo em Brasília, mas estava desempregado no momento. Ele trabalhou por 15 anos na  TV Bahia. 
Correio 24 Horas