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sexta-feira, 6 de abril de 2012

Família de travesti morto após aplicar silicone quer identificar responsáveis


Prima quer investigar onde jovem conseguiu comprar e injetar produto nas nádegas


A família do travesti que morreu após aplicar silicone industrial nas nádegas quer identificar os responsáveis pelo procedimento. A prima de Matheus Gomes Vieira, de 21 anos, disse que a morte deixou toda a família assustada e levantou suspeitas sobre a pessoa que teria fornecido o silicone ao jovem.

“Alguém o incentivou e está no meio disso. Onde ele comprou isso, então. Em algum lugar ele comprou e alguma hora vai aparecer onde foi isso. Tem que investigar”, desabafa a prima Cintya Vieira Sertão.

Segundo a prima, o corpo será sepultado no Tocantins, onde mora a avó do jovem que o criou.

Morte
O travesti morreu após aplicar silicone supostamente industrial nas nádegas, na noite de quarta-feira (4). De acordo com o boletim feito no posto policial do Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), a vítima, conhecida como Júlia, morava em Osasco (SP) e teria aplicado o produto no corpo há três dias. Em seguida, foi à Goiânia, de carona em um caminhão, passar alguns dias com um amigo, também travesti, conhecido como Rafaela.

Este amigo, segundo a polícia, foi quem passou as informações à equipe de médicos do hospital. De acordo com o amigo, o travesti foi encaminhado à unidade de saúde passando mal, com estômago ruim e sentindo falta de ar e minutos depois morreu de parada cardíaca.

Riscos
O cirurgião plástico Roberto Kaluf explica que há diferenças muito grandes entre o silicone médico comercializado para o ser humano e o industrial, próprio para máquinas. Segundo ele, é muito grande o risco de morrer caso o paciente aplique o silicone industrial. 

“O silicone industrial é muito tóxico. Quando você o aplica nas regiões do corpo, você passa por processos inflamatórios que tentam expulsá-lo do corpo e, quando não consegue, a pessoa tem o endurecimento da área onde foi colocado o silicone, que pode atingir a corrente sanguínea, levar a pessoa a uma parada cardíaca e até à morte”, explica o médico.

De acordo com o médico, este tipo de procedimento é bastante comum: “Nós nos deparamos com situações em que às vezes não temos como ajudar as pessoas. Muitas vezes são aplicados por pessoas que não foram habilitadas a fazer qualquer tipo de aplicação médica, sem recursos nenhum”.

O médico alerta para as facilidades de achar o material: “Esse silicone industrial é facilmente encontrado em supermercados, lojas de matérias de construção, de produtos automotivos. Então, é preciso muito cuidado ao manuseá-lo, porque ele é muito tóxico”. As informações são do G1.


Correio da Bahia

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