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domingo, 14 de março de 2010

Pré-candidatos visitam municípios do interior baiano

Faltam ainda quatro meses para o início oficial da campanha eleitoral, mas os pré-candidatos ao governo do Estado já iniciaram um movimento de visitas aos municípios do interior, estabelecendo um contato antecipado com os futuros eleitores. Neste ponto, aqueles que estão à frente de algum cargo público levam vantagem, já que podem inaugurar obras, mas correm o risco de infrações à lei eleitoral.

Longe da máquina administrativa, o DEM corre para compensar inaugurações de obras feitas pelos adversários. No final de semana, o ex-governador Paulo Souto (DEM) esteve em Itabuna, Itapitanga, Ubaitaba, Jitaúna, Apuarema e Aiquara, na região cacaueira do Estado, conversando com lideranças políticas. O governador Jaques Wagner (PT) viajava para o Oriente Médio com o presidente Lula, mas o ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima (PMDB), foi a Campo Formoso assinar ordem de serviço para dar início à construção de sistema de esgotamento sanitário no município, financiado com recursos da sua pasta.

“Eles já começam a construir uma imagem favorável. Do ponto de vista eleitoral, essas ações são vantajosas”, avalia o cientista político Jorge Almeida, também estudioso do marketing político. Ele considera esse movimento já parte da campanha eleitoral, mas ressalta: “Não significa que sejam ações ilegais”.

O advogado Ademir Ismerim, especialista em direito eleitoral, explica que a inauguração de obras públicas pode ser feita até 3 de julho. Por enquanto, está permitido, mas não é possível pedir votos ou fazer qualquer alusão ao processo eleitoral. “Não está vedado participar desses eventos ainda”, diz. Além disso, “o pré-candidato pode se reunir, em ambientes fechados, mesmo que seja para articular a candidatura dele. Ele chega à cidade, faz um encontro que tenha como tema a candidatura, não há problema, caso seja em um ambiente fechado”, diz Ismerim.

Atrativo - Paulo Souto acredita que ter a máquina administrativa nas mãos também pode atrapalhar. “É claro que utilizar a prerrogativa de lançar obras é sempre um atrativo, mas não creio que seja uma desvantagem para nós. Quem está à frente do governo tem que responder pelos problemas enfrentados em algumas áreas” avalia.

A assessoria de comunicação do governador Jaques Wagner ressalta que o início da gestão ocupa-se mais com a preparação do funcionamento do governo. As obras ficam prontas em maior número a partir do terceiro ano de governo, daí a ocorrência das inaugurações.

Geddel afirma que sempre visitou muito as bases políticas. “Evidentemente, estou aproveitando os últimos dias à frente do ministério (antes do prazo para se desincompatibilizar) para lançar as obras”, explica.

A TARDE

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